hoje é um dia que não poderia acordar atrasada.
mas tá, nem foi tanto assim.
depois de uma certa idade, você percebe que sempre faz a mesma coisa. e fica muito boa nisso.
então, eu levanto e inconscientemente, já traço mentalmente
um trajeto: quarto-banheiro-quarto-circulação-sala-cozinha.
conforme vou percorrendo este trajeto, na primeira ida,
vou diagnosticando os problemas, como se eu fosse um agente
daqueles tipo missão impossível.
meu olho vai captando as tarefas rotineiras.
1. cama de casal desarrumada - registrado
(nessa hora o cérebro emite um som tipo máquina registradora - trim! - checado!)
2. roupa no chão - registrado. trim!
3. cama de solteiro desarrumada - resgistrado. trim!
4. tapete do lavabo embolado - registrado. trim!
5. almofadas espalhadas pelo chão - registrado. trim!
6. manta amassada no sofá. registrado. trim!
7. garrafinha de água na estante. registrado. trim!
8. jogo americano, bolacha e xícara vazia em cima da mesa. registrado. trim!
9. roupa seca no varal. registrado. trim!
10. louça pra lavar. registrado. trim!
11. lixo seco em cima da pia. registrado. trim!
depois de registrado com o olhar, começo a ação:
resolver os problemas.
como é um trajeto, e no exemplo acima, vai do 1 ao 11,
eu começo resolvendo o número onze.
depois o dez, o nove até chegar ao um.
mas não é uma resolução completa.
eu dou o início, porque para cada um desses ítens
existe uma maneira de resolvê-lo, na sua execução.
portanto, existe o exercício de ida e volta,
do 1 ao 11 e do 11 ao 1 por várias vezes,
até que o último e mais elaborado problema seja desfeito.
realmente é uma técnica precisa, que funciona, é prática e rápida.
e tudo isso é bem coisa de virginiana.
* este dia foi quarta-feira passada, 14 de novembro.
anterior ao dia que nascí -nascemos- de novo.
concluo que ele quer que eu continue praticando
o método-de-arrumar-a-casa-em-menos-de-uma-hora.