Monday, September 11, 2006

[ o eu dentro da caneta ]

outro dia perdí uma caneta. não perdí de não encontrar. perdí de morrer.
ela morreu em minhas mãos, se desmantelou.
sofreu uma operação na tentativa de viver.
mas morreu, se desintegrou.
foi triste. ela era nova, novinha. ainda cheia e com brilho.
o brilho de não estar fosca pelo contato com os dedos. morreu e foi pro lixo.
não enterrei, tive medo de que ela não fosse se dissolver. a terra corrói, come.
mas aquele plástico receio que não.
penso que o coração da caneta seja a mola.
a mola que impulsiona, que expõe a tinta entubada.
a mola que mostra ao mundo sua essência. o meu coração é assim, se eu deixar.
não o eu-juliana-inteira, mas o eu-meu-pensar.
se eu deixar, o meu coração me mostra. me despe.
eis o melhor e o pior de mim.

5 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Ju, sou a favor da "livre-linkagem"!
Eu não sabia desse seu espaço aqui... deveras agradável!
Sabe, minha mola às vezes complica... Ah! Todas uma vez ou outra emperram um pouco!

6:32 PM  
Anonymous Anonymous said...

Outra coisa...
Acabei de descobrir o que quero ser na vida... tipo, quando crescer: diletante! Ponto!
Bjos!

10:59 PM  
Anonymous Anonymous said...

agora tou vendo sem fundo!
e gostei, também ;)
textobomdeler!!!!!

beijos queri!
robs

3:15 AM  
Anonymous Anonymous said...

e eu amo, o pior e o melhor de ti ;))

7:46 AM  
Anonymous Anonymous said...

e tá tão legal aqui...

7:47 AM  

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